Mini Conto! O que estou fazendo aqui?


Dica:

Leia o conto escutando essa música de fundo.






Dia 02 de Novembro de 2016, Jack escreve uma carta à sua mãe, suas mãos tremiam, seu coração fazia intervalos de acerelado para quase parando. 

Se sou mais um trouxa na multidão? Sim sou!

Acreditar no impossível tem sido minha frustração desde sempre.

Me acomodei a sentir esse sentimento de dor e ilusão.

No começo ele parece algo inofensivo, até ele te destruir aos poucos por dentro.

Muitos me dizem que isso dá para ser evitado, mas é inevitável fugir do destino.

O que já foi escrito jamais poderá ser apagado, mas servirá de instrução para não se cometer o mesmo erro.

Todavia eu nunca cometi o mesmo erro, só fiz tudo de uma forma diferente, e errei de outra forma.

Esse ciclo é infinito, sempre continuarei errando, independentemente do que já fiz ou do que irei fazer futuramente.

Nunca pedi para nascer, e muito menos para ser desse jeito.

Eu queria saber não ver, não saber sentir, ou entender, ou sofrer, eu nem queria viver.

A realidade é dura e amarga, e eu nunca estive tão perto de desistir, eu já estou no fim de minhas motivações, tudo que me alegrava agora só me faz suspirar de alívio.

Uma tristeza tão grande se instaurou em mim que eu tenho medo de quanto ela me controla, de quanto ela me preenche.

Acreditar no amor já não faz mais sentido.

Como viver em um mundo onde em todo lugar onde você vai você sente medo, tudo que você faz te faz se sentir culpado?

Eu não quero desistir agora, não quero desistir por estar com o coração partido.

Eu não quero tomar nenhuma atitude com o pensamento de decepção, cair faz parte, mesmo quando a única coisa que eu faço ultimamente é cair.

Como fugir do desespero?

Como abrir os olhos e sorrir para cada novo amanhecer?

Já senti tantas coisas, e nenhuma delas me sentiu, já me apaixonei várias vezes e nenhuma fui correspondido. Nunca tive a chance de mostrar meu coração.

As pessoas só querem meu corpo.

As pessoas não querem meus sentimentos, não querem meu tempo, meu carinho, meu carisma.

Ninguém quer sentir minha paz.

Tudo em minha volta gira com tamanha velocidade. Meus sentidos ficam fragilizados.

Meu coração começou a bater com mais força, ele pulsa com tanta força que consigo sentir ele saindo pela minha garganta.

Às vezes eu só queria entender por que eu estou aqui na Terra, muitos já se depararam com esta questão.
 O que estou fazendo aqui?


Ao terminar de escrever a primeira página Jack só tinha uma certeza. 
As palavras estavam borradas, mal dava para entender, seu rosto estava em prantos. Seu choro foi em silêncio. O silêncio era assustador, mas com muita força levantou de sua escrivaninha e foi até a sala de estar. Deixou sobre a mesa com fotografias da família a carta molhada por suas lágrimas. Voltou para o quarto onde ia decidir se ficava ou ia junto das vozes que o chamavam todos os dias.



Continuo???



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